.Decorria o ano de 1956. Um grupo de alunas reunia-se na Pensão
da D. Isabel da Farinha para ir visitar a professora do ano
anterio (3ªclasse), que à despedida lhes disse:
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"Gostava de vos dar um presente, mas o que será?!... ah, este
jornal, mas é só um... vamos sorteá-lo".
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E fui eu a "sortuda". Guardei-o como se fosse um Tesouro.
Era uma recordação da professora mais querida,
que tão bem soube transmitir às suas alunas
as bases necessárias para as projectar no futuro.
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Por tudo aquilo que fomos,
por o que podíamos ter sido e não somos,o nosso Muito Obrigada.
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Cacilda
7 comentários:
Lembro-me muito bem do Lusitas.
Dáva-se o nome e a professora encomendava de acordo com os pedidos.Ainda seria capaz de identificar o cheirinho a novo do jornal. Para mim constituia um prazer duplo. Ler o jornal, e sentir que era novo, pois sentia uma grande mágoa dos meus livros chegarem às minhas mãos muito estafados, já que passavam primeiro pelas mãos do meu irmão, que talvez por ser rapaz, não os estimava como eu.
Também ainda me lembro duma poesia lá publicada, duma girafa e de um pretinho:
Deram ao João Chocolate
Há dias lá na Guiné
Uma girafa pequena
Uma girafa bébé
Logo o João Chocolate
Nela foi dar um passeio
Porque mesmo pequenina
Tinha mais de metro e meio
Vai o João Chocolate
Que se lembra o mariola
Levar consigo a girafa
Num dia em que foi para a escola
Porque debaixo do banco
A girafa se escondeu
E a Sra professora
Pela nova aluna não deu
Quantos são 3 vezes 11
Diga menino João
Chocolate não sabia
Ai que atrapalhação
Disse o João Chocolate
Trinta e dois e trinta e três
Respondeu a professora
Já zangada desta vez...
Levante a sua cabeça
Fale alto, não o ouço
Eis que debaixo do banco
Sai um enorme pescoço!
Ao amigo Chocolate
Não sei o que aconteceu
Mas que não foi coisa boa
Isso lhes garanto eu!
E se nós sabiamos interpretar a última quadra....!!!
Beijinhos
cila
São uns versos bem à Lusitas, que eu nunca comprei... O único que tive foi este que me foi oferecido.
E parabéns pela tua memória.
Quanto aos livros já tive mais sorte, os das minhas irmãs estavam desactualizados... e não havia alternativa. Lá vinham eles com cheirinho a novos.
Beijinhos
Cacilda
Não conheço esse vosso jornalinho,mas tambem participei em alguns. Chamavamos "Jornal de Turma",um deles até fiz o desenho do titulo.Era todo feito pelas alunas e depois vendiamos para ajuda dos passeios de finalistas.
Tudo o que seja recordações do passado, é uma viagem emocionante que me faz sentir ainda a menina desses tempos, não sei se vos acontece o mesmo.
Cacilda compreendo esse tesouro que é para si o jornalinho dado pela professora,é um prémio que se estima até sempre.
à Cila tambem os parabéns que boa memória para ainda ter tão presente estes graciosos versos,que aqui nos deixa.
Beijinhos ás duas da Ana
Em 1954 eu só tinha 4 aninhos e quando cheguei á Escola Primária creio que já não havia esse jornal, pelo menos eu não me lembro.
Devia ser muito interessante e esses versinhos e historinhas que trazia enchiam de sonhos as cabecitas das meninas e meninos da altura.
Que bom recordar...
Beijinhos da
Fernanda
Do jornalinho não me lembro, até talvez já não existisse no meu tempo
Mas gostei muito desta postagem, o jornal devia ser encantador,e os desenhos trouxeram-me á memoria os desenhos da minha época
Cacilda vê-se que esse jornalinho foi guardado com muita estimação, que bonito continua e tão novinho ao fim de tanto tempo...obrigada por nos ter mostrado
Cila mas que boa memória...realmente á objectos que marcam as nossas épocas de vida
bjinhos para todas
Isabel Gomes
Desculpem, enganei-me, não era 1954 mas sim 1956 que eu queria escrever. Os 4 aninhos continuam a ser os mesmos.
Fernanda
Obrigada a todas pelos elogios à minha boa memória. Mas eu tenho que confessar-lhes que isso é uma qualidade que só ao passado pertence, com muita pena minha...
bjs
cila
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