sábado, 19 de fevereiro de 2011


     "A história da origem do Carnaval é um assunto bastante controverso e tem sido sujeito a várias pesquisas durante muito anos, por vários estudiosos.
      Há estudiosos que defendem que estas celebrações, festas ou cultos, tiveram a sua origem na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.c., com cultos a deuses da agricultura, e cuja finalidade era terem boas colheitas.
      Outros, acham que se iniciou, muito mais cedo, no Egipto, em homenagem à deusa Isis e ao Touro Apis.
      Outros alvitram que poderá ter sido na Roma Antiga, em honra dos deuses Baco e Saturno. E aí vamos então encontrar o Carnaval associado a Bacanais ou Grandes Dionisíacas (festa da terra, do vinho e das florestas), efectuadas em Roma e na Grécia em louvor de Baco ou Dioniso (com a prova do vinho novo), que decorriam nos três meses de Inverno, celebradas, principalmente, pelos camponeses, que se apresentavam mascarados durante as festividades.
      Com o cristianismo, a Igreja Católica transformou alguns desses rituais pagãos em homenagens aos santos, conferindo-lhes um carácter sagrado de acordo com os princípios cristãos. Vários elementos das antigas festas pagãs, porém, foram preservados.
      Esta tradição foi-se espalhando por todo o lado, pela Grécia, por Roma, por Veneza e, já no século VI d.c., as pessoas, no Carnaval, fantasiavam-se, mascaravam-se como forma de se disfarçarem, de se esconderem para poderem criticar os governos, os poderosos. Então surgem os carros alegóricos e os desfiles.
      Mas todas estas festas mantinham mais ou menos um traço comum: “Pessoas mascaradas, danças, risos, bacanais, brincadeiras, excesso de bebida e comida, sexo, fantasias e todas essas manifestações de libertinagem”.
      De festa meramente pagã, condenada na época pela Igreja, passa a celebração mais ordeira, mais civilizada, se assim se pode considerar.
      Com bailes, desfiles alegóricos e máscaras, mas com um sentido mais estético, não tão libertino. Toda esta modificação deveu-se ao facto de, no séc. XV, o então Papa Paulo II, permitir que se realizasse em frente ao seu Palácio o carnaval romano, mas de forma a que as pessoas fossem mais contidas nas suas atitudes e comportamentos.
      Alguns anos após os descobrimentos, os Portugueses, levaram para o Brasil o festejo do Carnaval.
      Nos dias de hoje, é decerto um dos países onde se comemora mais freneticamente esta festa, pelo impulso que deram com a introdução dos seus ritmos sambistas e africanos. E também pelo calor das gentes, pela mistura de raças e dos seus ritmos.
      Em África, os rituais que sobressaíam eram e são, entre outros, a dança à volta de fogueiras e as pinturas (máscaras improvisadas) no rosto e corpo.
      Cada país onde se celebra o Carnaval festeja-o de maneira diferente, dando o seu cunho próprio com a manifestação das suas tendências culturais..."

 
Fonte : Diário de uma professora