quarta-feira, 20 de maio de 2009

"Operário da palavra "


-Depois de tantas palávras bonitas,
homenagens verdadeiras ,que mais fica
para dizer do "ZE VILHENA " ?

Muito estou em crer ....!

Um pensamento me ocorre ;

Ele foi um "Operário" realizado .
Com alma e coração .
Escreveu como gostava ,e que bem o fazia !

"Versejava" o que sentia, e tinha o dom da palavra .
Todas as semanas com aquela voz tão só dele,
aí estava na Rádio Sines dando lições de cultura ,
e espalhando conhecimento como ele tão bem o sabia
fazer .



"O Homem vai mas a obra fica ".
-alguém disse um dia -


Ivone


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FIQUEI TRISTE ... E PENSATIVA.... SÓ LHE CONHECIA A FACETA DE CARPINTEIRO, QUE ME DESCULPE.
FICO ORGULHOSA DE TER SIDO UM SINEENSE E UM " GRANDE HOMEM ".
A ELE E A SUA FAMILIA LHE PRESTO A MINHA HOMENAGEM.






Carpinteiro de profissão, iniciou a sua participação associativa como membro da direcção do Centro Recreativo Sineense. Foi obreiro do Carnaval desde o primeiro ano, sendo o responsável pelos versos no Enterro do Entrudo ao longo de 36 anos.

No 1.º de Maio de 1974, foi o primeiro sineense a fazer uma intervenção em liberdade na Praça Tomás Ribeiro, e entre 1974 e 1977, integra a Comissão Administrativa da Câmara Municipal que antecedeu as primeiras eleições democráticas. No exercício das funções de vereador, dinamizou o desporto em Sines, com a criação da Codicuder e do Conselho Desportivo Municipal.

Ainda no período pós-revolucionário, foi candidato a deputado à Assembleia Constituinte, pelo MDP, onde era militante, em 1975, e um ano mais tarde ingressou no PCP.

O contributo para o movimento sindical foi também marcante na sua vida. Foi presidente da Delegação de Sines do Sindicato da Construção Civil e participou na criação da União dos Sindicatos de Sines e Santiago do Cacém em 1978. Presidiu ainda à mesa da Assembleia Constitutiva da União dos Sindicatos e coordenou o seu primeiro secretariado.

Na vida politica, foi eleito por quatro vezes para a Assembleia Municipal de Sines, uma vez como 1.º secretário, duas como presidente e uma como deputado de bancada.

Poeta, prosador e comentador do mundo à sua volta, colaborou em vários jornais e revistas com crónicas e poemas e publicou em nome próprio quatro livros que reflectem o seu amor por Sines e o seu humanismo: Respostas do Carpinteiro (1994), Onde o Mar Abraça o Alentejo (1996), De Alinda a Vila do Cabo (2000) e A Essência da Raiz (2006).

Na sequência da publicação desta última obra, os leitores do jornal O Leme atribuíram-lhe o Leme Dourado, com a classificação de primeiro lugar em literatura.
Pela sua dedicação e acções relevantes como autarca e escritor, recebeu a medalha de mérito municipal, atribuída no dia 24 de Novembro de 2008.

Numa das últimas intervenções públicas, na emissão da Miróbriga, em 2007, José Vilhena declama um poema de sua autoria, dedicado aos lobos do mar, intitulado “Tempo Sofrido”.