sábado, 16 de janeiro de 2010

Amigas!

     O Carnaval está à porta e não tarda que apareçam por aí os primeiros sinais de festa por parte das amigas mais folionas.

     E antes que isso aconteça, eu não quero deixar passar a oportunidade de fechar a quadra de Natal, com um conto de Natal escrito pelas amigas do aeiou, que pela sua sensibilidade e beleza, constitui mais um momento alto deste espaço de amizade, a que eu me orgulho de pertencer.


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cila

Conto de Natal

     Sentada junto à lareira, Maria olhava as chamas. Ao longe pressentia-se uma noite fria, o seu gato de nome tareco dormia muito enroscado.

     Entretanto, alguém bate à porta. Maria, levanta-se e vai muito levemente nas suas pantufas quentinhas até á porta e pergunta : - Quem é? - Sou eu, abre Maria!

     Maria não reconheceu a voz...e áquela hora tão tardia e, num dia de tanto frio, quem seria?

     Era uma velha amiga e colega de escola que num abraço muito apertado não se conteve, e com lágrimas nos olhos lhe pediu que a recebesse em sua casa. Tinham muito que conversar porque estava a chegar o Natal, esta época de amor,de dar e de receber, encontrava-se desempregada e com três filhos.
    
     Maria olhou-a com ternura, abraçou-a novamente e disse:
- Eu que estava só e triste pensando como iria ser o meu Natal... Vai buscar os teus filhos, eles terão aqui o aconchego da lareira e o amôr que tenho para lhes dar. E enquanto a amiga foi buscar os filhos, Maria pensava: - que bom vai ser este Natal! Com crianças e uma amiga nesta noite de Consoada, o meu coração amargurado pela solidão irá sentir de novo o calor da amizade...
     
     A Noite tornou-se tão bela que o tareco acordou, e depois de um longo bocejo roçou ao de leve as pernas da dona. O seu ronronar parecia dizer: - oh, isto sim é que é Natal! isto é que é amor e união. Ámanhã temos que dar uns presentinhos às crianças! - E foi brincar com as crianças como se as conhecesse deste sempre. Nesse mesmo instante, Maria lembrou-se da velha arca onde guardava os brinquedos da sua infância.  - Então e a ceia?
    
    A ceia também ela estava guardada...Maria sabia que haveria uma Noite Especial!