
A poesia de Antero de Quental
" Oceano Nox "
Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o vôo dum pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente
Olhando o céu pesado e nevoento
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das cousas, vagamente…
Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que ideia gravitais? –
Mas na imensa extensão, onde se esconde
O inconsciente imortal, só me responde
Um bramido, um queixume e nada mais…
Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o vôo dum pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente
Olhando o céu pesado e nevoento
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das cousas, vagamente…
Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que ideia gravitais? –
Mas na imensa extensão, onde se esconde
O inconsciente imortal, só me responde
Um bramido, um queixume e nada mais…
2 comentários:
Não dás descanso a ti própria!...
Bonita foto, lindo soneto, é claro.
Bom fim de semana.
Cacilda
O silêncio da noite, e o tic-tac do meu velho relógio, convidam-me sempre a ficar mais um bocadinho!
Retribuo os votos de um bom fim de semana.
bjs
cila
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